sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Ascensão do Boardgame

Se você pensava que o RPG era um jogo de elite (o que é de fato), é porque você não conhece os boardgames. RPG não tem uma sigla equivalente na língua portuguesa (eu já tinha tentado usar o termo JIP no milênio passado, mas o nome não pegou). Até hoje, nos ainda não sabemos com traduzir o nome RPG. Jogo de Interpretação de Papéis, Jogo de Contação de Histórias, Jogo de Faz-de-conta, Jogo do Dado e da Gritaria. Todas as melhores mentes nacionais tentaram e falharam em produzir um nome em português, nem em Portugal eles tiveram melhor sucesso.

Já com os Boardgames (BGs) a coisa muda. São apenas Jogos de Tabuleiro, conhecido por essa terra varonil desde que os jesuítas brincavam de Catequizadores de Catan. Os fãs de jogos de tabuleiros, não são os tabuleiristas, nem tabuleieiros, são bordgamers! Não que isto seja anglofobia da minha parte, o que quero dizer é que o rótulo americanizado torna algo distante, ainda mais da realidade do brasileiro médio classe-B.

No Brasil, os jogos de tabuleiros são quase os mesmo do tempo do meu avô menino. Porém, recentemente, o cenário nacional vem sofrendo uma invasão. Para sorte do RPG, só agora. Como eu falei num post anterior: BGs e RPGs são inimigos naturais. Não porque eles se enfrentem, mas por competirem pela mesma coisa: seu tempo de lazer.

No Brasil, a evolução de tudo parece ter sido diferente. O RPG chegou aqui nos anos 90, muitos importados. No início do plano real, os livros importados estavam tão baratos que a geração xérox pode transformar os sonhos em realidade. Porém, por que não houve a mesma invasão de BGs, na época? Simples, eles não existiam. A enxurrada de títulos só surgiria uma década depois, nos anos 2000. O RPG não teve um competidor naquela época e correu solto por aqui.

Agora a maré virou: dólar baixo; muitos títulos bons; renda maior; e o principal ponto, facilidade de iniciar uma partida com qualquer um. Se o processo continuar, não vai demorar para que os rpgistas perceberem que não estão sozinhos, e que não são mais a maioria nos eventos.


Fonte: http://migre.me/8KWAr by por 

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