quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Referências Retrofuturistas

     Olá rpgistas,

    Em contagem regressiva para o 4º Arena RPG - Uma Viagem Retrofuturista (faltam menos de 1 mês!), venho lhes falar um pouco mais sobre algumas referências interessantes que podem ser usadas pelos narradores para criar crônicas de RPG baseado nesse estilo de história. 
   Antes de qualquer coisa, é essencial conhecer os conceitos descritos no post sobre o retrofuturismo na nossa página (para ler é só clicar aqui). Feito isto, vamos aos tópicos!

- Eu vou pegar o monomotor para o distrito B-42, e você?
- Ah então eu vou com você e desco na Avenida Z226,
quero passar no Cyberbazar primeiro.
Referências

  O estilo retrofuturista é muito variado. Porém, seguindo o padrão, iremos dividir nossas em referências em três movimentos retrofuturistas: o Steampunk, o Dieselpunk e o Cyberpunk.

Steampunk

Um exemplo de tecnologia steampunk
(Clique para ampliar)
   Há muitas histórias e até RPGs totalmente criados na Era Vitoriana, a Era do Vapor. Um exemplo de rpg é Castelo Falkenstein, que é basicamente um cenário vitoriano que mistura máquinas a vapor com criaturas mágicas, tendo então muitos elementos de fantasia medieval, como anões, elfos, fadas e até dragões. O jogo é extremamente interpretativo e narrativo, tendo um sistema simples envolvendo cartas de baralho e é uma ótima pedida para quem procura um jogo vitoriano com romances. Outro rpg, que tem muitos elementos steampunk é o Deadlands, um cenário no velho oeste com tecnologia diferenciada pelas engenhocas a vapor e com elementos sobrenaturais como magia negra, zumbis, espíritos indígenas e outros monstros. Deadlands é essencial para quem curte horror e chapéus de cowboy. 

     Em outras mídias, temos várias histórias do gênero steampunk que podem nos dar muitas idéias para a criação de jogos. Entre essas histórias está a série O Mundo Perdido, o seriado e o filme James West, o filme De Volta Para o Futuro III e os anime Steamboy e Full Metal Alchemist. Os filmes A Liga Extraordinária e Van Helsing são outros exemplos de filmes que trabalham exatamente o periodo da era vitoriana. 

As capas de Deadlands e Castelo Falkenstein
   Afinal, se você quer criar uma história steampunk, certifique-se que ela terá elementos como viagens sobre trilhos de trens, verdadeiros hotéis flutuantes vagando em zeppelins e máquinas extravagantes de funcionamento complicado que fazem pouco mais do que um despertador.



Dieselpunk

   Esse é o estilo menos conhecidos entre os rpgistas. O dieselpunk, como variação de seu primo, o steampunk, é um gênero pouco famoso, mas com influência em muitas histórias contemporâneas. 
Rocketeer, por Alex Ross
(Clique para ampliar)

  Um bom exemplo de personagens do gênero Dieselpunk é o Rocketeer, personagem criado pelo roteirista e desenhista Dave Stevens. A primeira aparição do personagem foi em 1982, e foi uma homenagem aos heróis das décadas de 1930 e 1940. Outro bom exemplo de história Dieselpunk é Capitão Sky e O Mundo de Amanhã, roteirizado e dirigido por Kerry Conran, em 2004. O filme basicamente resume-se em uma aventura que se passa em uma Nova York do final dos anos 1930, onde a repórter Polly Perkins (Gwyneth Paltrow) descobre que os cientistas mais famosos do mundo estão desaparecendo. Após a cidade ser atacada por imensos robôs voadores, ela resolve pedir ajuda ao piloto e aventureiro e seu antigo namorado Joseph "Capitão Sky" Sullivan (Jude Law) e Dex (Giovanni Ribisi), o fiel ajudante dele. A missão principal do grupo é localizar o megalomaníaco doutor Totenkopf (Laurence Olivier), que está escondido em algum lugar do Nepal e planeja destruir o mundo. 
Poster de Capitão Sky e O Mundo de
Amanhã
 (Clique para ampliar)

    Diferente dos dois exemplos anteriores, Watchmen, é uma história que se passa numa época que, por defninição é retrofuturista, e possui vários componentes dieselpunk. O argumento é que, nesse mundo alternativo, com o surgimento do ser de poder infinito, o Dr. Manhattan, a tecnologia mundial avançou muito mais rápido que no mundo real. Por isso, em plenos anos 80 temos dirigíveis com painéis eletrônicos em todos os pontos das cidades e engenhocas como a pistola de árpeu de Rorschach, e Archie, a nave do Coruja, assim como todos os equipamentos eletrônicos usados pelo próprio Manhattan e por Ozzymandias, para reproduzir as explosões nucleares em várias capitais do mundo. Alguns desses elementos podem ser considerados, por definição, dieselpunk.

     Outras referências para jogos dieselpunks podem ser encontradas nos seguintes links: 

Titan, um cenário criado por norte-americanos que misturam os gêneros Dieselpunk e Steampunk, usando o sistema Storytelling, da White Wolf; 
- Dieselpunk - arquivos confidenciais de uma bela época, um pequeno texto sobre a ótica dos criadores do blog A Ordem do RPG.



O poderoso Coruja, e Archie, sua nave.
(Clique para ampliar)
Cyberpunk

    Este é o gênero mais conhecido no meio rpgísticos, e, por isso, é dificil dizer algo inovador sobre ele. No entanto, o que muitos não sabem é que o gênero Cyberpunk engloba tudo o que tenha "alta tecnologia e baixo nível de vida", que é o seu lema principal. 


O centro de uma cidade cyberpunk
(Clique para ampliar)
    Entre os cenários de rpg baseado no gênero está o aclamado Cyberpunk 2020, da editora Talsorian Gamesque é o mais conhecido entre eles. O jogo se passa em um período onde as corporações tecnológicas dominam a alta sociedade e rebeldes de vários tipos e etnias usam esgotos e refúgios subterrâneos para se esconderem dos governos opressores, tudo isso usando de implantes cibernéticos, veículos voadores e muito, mais muito armamento bélico. Eles segue a risca o "baixo nível de vida", encorajando os narradores a sugerir que seus jogadores criem 3 ou 4 personagens pois a chance de morrer é grande, e se apegar a um personagem pode ser muito frustante. O fato é, além de bem detalhado e empolgante, Cyberpunk 2020 é um ótimo jogo para conhecer gênero e, com seu sistema de fluxovida (onde a história do personagem é feita por rolagens em tabelas aleatórias), se torna muito prático de criar personagens e começar a ação. Entre outros jogos do gênero estão Cyberpunk 2013 e Cyberpunk V.3, ambos da Talsorian Games, GURPS Cyberpunks, da Steve Jackson Games, e Shadowrun, da FASA, que mistura cyberpunk com fantasia, ambientado num futuro não muito distante, seguido de um grande cataclismo que trouxe a mágica de volta ao mundo ao mesmo tempo que o mesmo como a abraçar as maravilhas (e perigos) da tecnologia como o cyberespaço (a onipresente rede de computadores), engenharia genética e a fusão entre homem e máquina chamada de cyberware.
As capas de Shadowrun, GURPS Cyberpunk e Cyberpunk 2020
    Para conhecer mais antes de começar a jogar, é bom procurar outras mídias com o gênero cyberpunks, como o filme Blade Runner (1982), adaptado do livro "Sonham os andróides com ovelhas elétricas?" de Philip Kindred Dick, que é um diretor conhecido por criar muitos filmes com elementos cyberpunk chegando a ser tipicamente dominantes, os exemplos incluem Screamers (1996), Minority Report (2002), Paycheck (2003) e A Scanner Darkly (2006). 


Os dois clássicos do gênero cyberpunk, Blade Runner e
Robocop (Clique para ampliar)
    Outro exemplo clássico do gênero cyberpunk é a série Robocop (de 1987), dirigido por Paul Verhoevense ajusta mais ao futuro próximo onde há pelo menos uma corporação, Omni Produtos de Consumo, que é uma poderosa corporação que tiraniza a cidade de Detroit.  Entre outras mídias cyberpunks estão: Gattaca (1997) dirigida por Andrew Niccol e A Trilogia Matrix (de 1999) dirigido pelos irmãos Wachowski. Há também muitos animes e no mangá, incluindo Akira (primeira referência anime do gênero), Cowboy Bebop, Desert Punk, Gunnm - Battle Angel, Bubblegum Crisis, Ergo Proxy, Armitage III, Blame!, Appleseed Ex-Machina e outros mangás da mesma série o Noise e Biomega, Silent Möbius, Serial Experiments Lain, Texhnolyze, Eat-Man, Boogiepop Phamtom e Ghost in the Shell, sendo esta última a que mais tem influenciado a juventude contemporânea japonesa que vive com uma relativa proximidade à ambientação da série, que mostra um Japão com tecnologias de ponta e que adverte sobre os riscos que pode causar isto ante uma possível perda de identidade humana. 



Depois dessa overdose retrofuturista, esperamos ter agradado e até tirado algumas dúvidas sobre as referências ditas. Com isso, aguardamos os resultados no próximo Arena RPG!

Agora, fique com uma galeria de imagens retrofuturistas selecionadas por nós! (Clique nas imagens para ampliar)













  



















Um comentário:

  1. Depois dessa aula, não tem desculpa de não estar pronta pro Arena de setembro =DD

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